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O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de seitas e doutrinas; gurus aparecem por toda parte oferecendo algo novo, que na maioria das vezes não é mais que uma mistura de fragmentos de doutrinas reunidos em visões pessoais, nas quais os aspectos práticos do misticismo (exercícios, meditações etc,) são afastados de seu contexto de origem, criando assim, graves perigos para quem os pratica e dos quais, portanto, esses mesmos gurus não se fazem responsáveis pelos males causados.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Cabaláh do Amor

A força do amor

A Cabaláh do amor

Quando compreendido no sentido mais literal, o amor é um entre os poderes específicos da alma, manifestado especialmente através das emoções. Quando, porém, é definido em seu sentido mais amplo, o amor é a luz e o "espírito" da vida, que transforma os estados de potencial em realidade, desenvolvendo a abrindo completamente todos os variados poderes da alma. Neste sentido, o amor não é apenas uma qualidade específica da alma, mas um poder geral, presente na escala completa de propriedades intelectuais, emocionais e intrínsecas da psique humana. Esta luz do amor é a "luz do Eterno, bendito seja," cujo ímpeto para criar o mundo e os meios que usou ao fazê-lo é o amor. Aí repousa o segredo da luz sendo o ato criativo inicial do primeiro dia da Criação. Dessa maneira, o amor é a força criativa ou fluxo de energia que vêm de D'us até a "realidade". A carência de amor é, por analogia, um estado de trevas, com tudo que a imagem de trevas e carência, melancolia e depressão representam.

A Criação do mundo, "algo vindo do nada", pelo ímpeto do amor, nos ensina o segredo de trazer potenciais ocultos à realização. "chochma" (sabedoria) o primeiro dos poderes intelectuais da alma, manifesta-se como lampejos de introvisão esclarecendo a consciência. Estes "lampejos" instantâneos encontram-se num estado de puro potencial, necessitando desenvolvimento. A palavra "chochma" troca-se pelas palavras "koach ma", "o poder ou potencial (koach) do que ou nada (ma)". A palavra para "pensamento", machshava, da mesma forma permuta-se para formar as palavras "chashav ma", "pensando (chashav) o quê (ma)". Sabedoria, como todas as outras faculdades da alma, é um recipiente. Aquilo que preenche o recipiente é a luz e a vida-força do amor escondidos dentro dele.

O desenvolvimento de qualquer pensamento, plano ou talento acarreta o despertar interior do amor, necessário para desencadear processo de crescimento. O amor é o florescer da alma, e sem ele tudo murcha e perece.

Duas outras importantes características do amor são reveladas em sua constante comparação com a água na Cabaláh. Os dois aspectos da água que a estabelecem como um símbolo apropriado do amor são sua propriedade de adesão, pela qual a água faz com que os elementos unam-se um ao outro, e sua tendência a descer.

O amor é a força primária de atração da alma, por meio da qual uma pessoa é atraída para outras almas, situações e objetos, cada um deles necessário para retificar e completar algum aspecto de seu propósito no mundo. O poder do amor é suficiente para aproximar múltiplas energias, mesmo que às vezes se oponham, para completar uma tarefa, dirigir uma organização ou buscar os objetivos de uma causa. Isto pode ser observado em religião, política, família e assuntos comunitários - para mencionar apenas alguns deles. Numa base individual, o amor é a força essencial que aproxima as pessoas e a "cola" que mantém relacionamentos variados funcionando. A dissipação do amor invariavelmente enfraquecerá, prejudicará ou acabará com estes relacionamentos.

"D'us desejava ter uma morada nos mundos inferiores" (Na Literatura Rabinica). O conceito de D'us "descendo" através da Criação a mundos progressivamente inferiores é de tal forma que Ele ao final reúne-se e apega-se ao mundo, o objeto de Seu amor. Similarmente, aquele que ama "desce" ao nível de seu amado, assegurando-se que o amor desejado realmente atinja e preencha seu recipiente. Não se pode esperar uma conexão com outros quando se permanece distante e isolado. Apenas quando se desce da "torre de marfim" do ego, o amor pode manifestar-se.

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