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O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de seitas e doutrinas; gurus aparecem por toda parte oferecendo algo novo, que na maioria das vezes não é mais que uma mistura de fragmentos de doutrinas reunidos em visões pessoais, nas quais os aspectos práticos do misticismo (exercícios, meditações etc,) são afastados de seu contexto de origem, criando assim, graves perigos para quem os pratica e dos quais, portanto, esses mesmos gurus não se fazem responsáveis pelos males causados.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Cabaláh da Alma – 4ª parte (final)

Imortalidade e a alma
4ª Parte
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A reencarnação: retificando os erros
Quando uma alma deixa seu corpo, adentra esse Mundo das Almas, onde permanece, em estado de repouso. Durante esse período, experimenta um sublime deleite. Seu nível, no Mundo das Almas, também é determinado por suas realizações, da mesma forma como o será em sua recompensa final. No entanto, a verdadeira perfeição destinada aos que desta são dignos, não é atingida somente pelo corpo ou pela alma, mas por ambas as partes, em conjunto, após a Ressurreição. Observamos isto no livro Sefer Yetsiráh (Livro da formação) e Sefer Habahir (Livro da iluminação)
Uma mesma alma humana pode ser reencarnada várias vezes, em corpos diferentes, tendo dessa maneira oportunidade de retificar danos feitos em encarnações anteriores ou de atingir a perfeição não alcançada previamente. Em sua origem, a alma é parte da Essência Divina, sendo totalmente pura. Mas, em sua vida terrestre, pode desviar-se. Será, pois, necessário voltar para retificar os erros ou para tentar ascender a níveis espirituais mais elevados.
Ao cabo de todas essas encarnações, a alma é, finalmente, julgada. E esse julgamento depende de tudo o que aconteceu em suas várias encarnações, ou seja, de sua condição como ser vivente em cada uma destas.
É extremamente rígido o julgamento Divino de cada indivíduo. Abrange todos os aspectos de sua natureza e de sua exata situação. Porém, no Mundo Vindouro, o do Bem verdadeiro, cada indivíduo terá que arcar apenas com a responsabilidade por sua missão e ação neste mundo - e não pelo que não resulte de seus próprios atos. Contudo, o ponto crucial é o fato que tudo ser verdadeiro e justo, como afirma a Toráh, o Pentateuco, (Deuteronômio, 32: 7): "A obra do Criador é perfeita, todos os Seus caminhos são justiça".
Nada que foi criado pode englobar os pensamentos de D'us, nem a infinita profundidade do Seu plano. Sabemos apenas que o princípio da reencarnação, como uma das experiências humanas, também segue a regra do julgamento imparcial, determinado por D'us, para aperfeiçoar a humanidade como um todo. O princípio da reencarnação é o da continuidade, de maneira que uma obra não seja aniquilada pelo desaparecimento de um "ser".
A reencarnação pode ser explicada por uma bela analogia de Rabi Moshé Cordovero[1], ou autor do Livro: “Tamareira de Deborá: é como a chama de uma vela, que pode acender muitas outras sem que sua própria flama se veja diminuída...


[1] Conhecido como RaMaC, um dos primeiros cabalistas da Época dourada de Safed (Tsfat), berço da Cabaláh, século XVI. Este livro nos lega a capacidade de poder encontrar, com uma intensa possibilidade, um grã sentido de propósito a nossas vidas.

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