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Prezado visitante.

O mundo contemporâneo assiste a uma explosão de seitas e doutrinas; gurus aparecem por toda parte oferecendo algo novo, que na maioria das vezes não é mais que uma mistura de fragmentos de doutrinas reunidos em visões pessoais, nas quais os aspectos práticos do misticismo (exercícios, meditações etc,) são afastados de seu contexto de origem, criando assim, graves perigos para quem os pratica e dos quais, portanto, esses mesmos gurus não se fazem responsáveis pelos males causados.

terça-feira, 22 de março de 2011

A Cabaláh da Força

A idéia mística do vigor

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O mestre da Cabaláh aproximou-se e disse a seus discípulos:

Está escrito no livro dos Salmos: “A voz do Senhor ressoa com vigor” (Salmos 29: 4).

E perguntou: “É vigor ou é força?”. Os alunos ficaram perplexos perante a pergunta. O mestre, então, docemente respondeu: “Os dois falam de energia, a energia canalizada por meio das atitudes a tomar”.

Uma vez mais, o mestre, com um sorriso em seu rosto, perguntou: “Então, de qual vigor estamos falando?”.

No vigor ou força que há em cada um de nós, para que encontremos nossas vocações e potencialidades. Aí deve entrar a voz do Senhor, e aí ela (a voz) deve se materializar. Fixou seu olhar e expressou: “Se sabes cantar, canta a melodia que expressa o universo; se sabes correr, move os pés, e que o mundo perceba nessa corrida o dinamismo do ser; se sabes cozinhar, faz disso uma obra de arte.

Instaurou-se, então, um profundo silêncio. Os alunos tinham sua visão dividida: uma física, que olhava o infinito, e a outra, que explorava seu interior. O mestre, percebendo a confusão deles, esperou que os alunos respirassem profundamente, que meditassem. Ele estava exigindo muito deles, mas só desejava que fizessem das suas vidas uma obra de arte!

Com a luz brilhando em seu rosto, o mestre tomou a palavra e disse: “A vida deve ser uma evidência de D’us, uma obra de arte”. Como está escrito no livro Deuteronômio – “Beiad chazakáh uvizroha netuiáh” (“Com mão segura e braço estendido”) –, cada um de vocês é chamado de ADM (אדם) – lê-se Adám, Adão. A primeira letra do alfabeto hebraico, Álef (א), assim como a primeira letra da palavra Adam, é o início Divino na tua pessoa. A segunda letra da palavra Adam, Dálet (ד), significa porta, abertura para o universo. E outra vez, estendendo sua mão cálida, disse: “Tu és a porta”. A terceira letra da palavra Adam, Mem (ם), é a letra essencial que se refere à Mãe e ao princípio da Fé, e com ela se constrói o Amén (אמן), isto é, assim seja. A raiz da esperança.

Isto és tu, isto é cada um de nós, isto acontece.

Isto sucede, se cada um de vocês encontrar o vigor em seu interior. E o mestre, com uma voz doce e agradável, começou a cantar uma melodia que elevou a autoestima, a força interior de seus discípulos.

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