Cabaláh e Meditação
“Um homem rico e um homem pobre foram convidados a uma suntuosa festa de bodas. O homem pobre, que dificilmente tinha a oportunidade de desfrutar de uma boa comida, devorou com prazer todos os pratos um após outro. O homem rico comeu com calma e elegantemente, mostrando certa indiferença, a suntuosidade que se apresentava, já que o banquete não oferecia nada essencialmente diferente de suas comidas diárias”
A pergunta a meditar é: quem era realmente prisioneiro de seus impulsos físicos? De uma incontrolável Guevuráh[1] confusa?. Embora, aparentemente o homem pobre perdeu o controle diante da abundancia da boa comida, o homem rico satisfazia sua avidez diária. Pese a indiferença que demonstrava, sua voracidade pela comida passou a ser uma parte integral de sua natureza. Se ele tivesse sido privado de sua alimentação diária, gula teria surgido e exigiria ser satisfeita. De forma tal que seus impulsos físicos estavam mais fora de controle que os do homem necessitado. O pobre, embora deseja-se uma comida deliciosa, tivesse aprendido a viver sem ela, e não era um viciado.
Comteplar a grandiosidade do Criador, em geral nos torna conscientes de nossa propria insignificancia, e enxergar-la em detalhe ainda vai além: a ser conscientes de nossos baixos instintos ou impulsos. Passamos a compreender que, ainda adotemos uma fachada de decencia, não somos mais refinados do que qualquer outro, e tal vez menos aprimorados do que a maioria.
Agora podemos examinar nossos defeitos e deficiências, que viram expressando como nossas ansiedades e temores. A contemplar a infinidade do Criador, e tomar consciência de nosso Daat[2], equilibramos a relação de Chochmáh[3] e Bináh[4], reordenamos a nossa Guevuráh, finalmente conquistamos nosso interior.
[1] Equidade, razão. Representa qualidades como generosidade e coragem.
[2] Conhecimento. Ela simboliza o equilíbrio entre a Chochmáh (sabedoria) e Bináh (entendimento)
[3] Sabedoria. Representa no ser humano, a inspiração que surge de vez em quando e que se pode fazer continua na medida que aprimoremos nosso canal de comunicação com o Criador.
[4] Compreensão. Dentro da evolução humana é a esfera que permite a expressar as idéias.
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